
Quem
mora no sertão, pode dizer em alto e bom som, que a seca está com uma
fúria, jamais vista. Andando pela zona rural, tenho constatado essa real
situação. A coisa está feia!
Ontem,
pela manhã, ouvia de muitos agricultores, seus clamores, suas
lamentações. Com olhos lacrimejados, alguns diziam que não sabiam mais o
que fazer, tudo estava perdido. Só Deus.
Este
é o cenário desolador sertanejo: sem água, sem colheita, fome, miséria,
sem pasto para os animais, sem esperança e um calor fora do normal.

Muitas
pessoas da zona rural estão deixando o sertão em busca de subemprego
nas grandes cidades do Sudeste e Centro-Oeste, deixando para trás,
esposas e filhos. Está voltando o tempo das viúvas da seca.

Diante
desse quadro desolador, clamo, pungentemente, como cidadão e pastor, às
autoridades municipais, estaduais e federais, que ajam, o quanto antes,
buscando amenizar esse drama, na vida do povo sertanejo, com ações
governamentais.

DANDO MINHA HUMILDE CONTRIBUIÇÃO CIDADÃ, SURGIRO AS SEGUINTES AÇÕES GOVERNAMENTAIS:
1-Construção de cacimbões e poços artesianos atrelados ao processo de dessalinização, em todas as comunidades rurais.
2-Perdão das dívidas dos agricultores junto ao Banco do Nordeste
3-Cestas básicas semanais, além do bolsa estiagem do governo federal
4-Reforçar a merenda escolar nas escolas da zona rural
5-Doações de filtros e ventiladores para as famílias carentes da zona rural
6-Pressionar o governo federal para dar agilidade às obras da transposição, incluindo o rio piancó no referido projeto.
Que
o Ministério Público eleitoral, a Justiça Eleitoral e a Sociedade Civil
Organizada, não permitam que, em ano eleitoral, algumas lideranças
políticas, usando da má-fé, se aproveitem dessa triste situação, como
trampolim para chegar ao poder: indústria da seca.
Pedra Branca-PB, 26 de abril de 2012
Padre Djacy Brasileiro, no alto sertão paraibano.
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