quinta-feira, 26 de abril de 2012

Padre Djacy: “Sertanejos pedem socorro contra a seca Braba”

Padre Djacy: “Sertanejos pedem socorro contra a seca Braba”
Quem mora no sertão, pode dizer em alto e bom som, que a seca está com uma fúria, jamais vista. Andando pela zona rural, tenho constatado essa real situação. A coisa está feia!

Ontem, pela manhã, ouvia de muitos agricultores, seus clamores, suas lamentações. Com olhos lacrimejados, alguns diziam que não sabiam mais o que fazer, tudo estava perdido. Só Deus.

Este é o cenário desolador sertanejo: sem água, sem colheita, fome, miséria, sem pasto para os animais, sem esperança e um calor fora do normal.


Muitas pessoas da zona rural estão deixando o sertão em busca de subemprego nas grandes cidades do Sudeste e Centro-Oeste, deixando para trás, esposas e filhos. Está voltando o tempo das viúvas da seca.


Diante desse quadro desolador, clamo, pungentemente, como cidadão e pastor, às autoridades municipais, estaduais e federais, que ajam, o quanto antes, buscando amenizar esse drama, na vida do povo sertanejo, com ações governamentais.


DANDO MINHA HUMILDE CONTRIBUIÇÃO CIDADÃ, SURGIRO AS SEGUINTES AÇÕES GOVERNAMENTAIS:

1-Construção de cacimbões e poços artesianos atrelados ao processo de dessalinização, em todas as comunidades rurais.

2-Perdão das dívidas dos agricultores junto ao Banco do Nordeste

3-Cestas básicas semanais, além do bolsa estiagem do governo federal

4-Reforçar a merenda escolar nas escolas da zona rural

5-Doações de filtros e ventiladores para as famílias carentes da zona rural

6-Pressionar o governo federal para dar agilidade às obras da transposição, incluindo o rio piancó no referido projeto.

Que o Ministério Público eleitoral, a Justiça Eleitoral e a Sociedade Civil Organizada, não permitam que, em ano eleitoral, algumas lideranças políticas, usando da má-fé, se aproveitem dessa triste situação, como trampolim para chegar ao poder: indústria da seca.

Pedra Branca-PB, 26 de abril de 2012

Padre Djacy Brasileiro, no alto sertão paraibano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário