Equipe campinense venceu universidades como UFPE, USP e ITA.
Participantes tiveram currículos selecionados para estagiar no Facebook.

troféu recebido pela Universidade da Rússia
(Foto: Divulgação/Jillian Hogan)
A equipe da Universidade Federal de Campina Grande, uma das
representantes brasileiras, terminou como a melhor equipe
latino-americana na competição ACM/ICPC (International Collegiate
Programming Contest), a maior competição do mundo de programação em
nível superior. A Copa do Mundo Nerd, como é conhecida, terminou na
quinta-feira (18), em Varsóvia, na Polônia.
Formada pelos estudantes Felipe Abella Cavalcante, Phyllipe Cesar Ramos
e Diogo Silva, a equipe foi orientada pelo professor Rohit Gheyi, do
Departamento de Sistemas e Computação, e, depois de uma semana de
atividades, antes da prova principal, ficou na 47ª posição no placar
geral, dentre as 112 instituições participantes.
Foi a primeira vez que um time paraibano participou da fase mundial da
competição. O presidente Polonês, Bronisław Komorowski, participou da
abertura da competição que teve início no dia 14. Entre as seis equipes
brasileiras que foram selecionadas para a fase mundial, estavam times
da UFPE, ITA, UFCG, UFPR, UFRJ e USP.
A UFCG ficou em 3o lugar na fase brasileira, que aconteceu em Goiânia
em novembro de 2011, recebendo a medalha de ouro. Rohit, que também é
coordenador da Olimpíada Paraibana de Informática, explicou que em
vários lugares do mundo, assim como no Brasil, existe uma seletiva,
regional e nacional, uma espécie de peneirão para que só as melhores
cheguem à etapa mundial.

etapa mundial (Foto: Divulgação/David Hill)
“A etapa mundial premia a melhor universidade de cada região, sendo
seis prêmios no total, um para cada continente. Depois de muito esforço,
e pela primeira vez trazendo o prêmio para a Paraíba, os meninos
conquistaram o ouro latino-americano”, explicou, com orgulho, o
professor que acompanhou mais de perto os passos dos estudantes. UFCG e
UFPE são as únicas universidades nordestinas a conquistar o prêmio.
Rohit Gheyi afirmou que os paraibanos tiveram que “bater as melhores
universidades do país, como a UFPE, USP e o ITA, outras universidades
brasileiras que já haviam ganho o prêmio de melhor instituição
latino-americana de programação, além de fortes concorrentes da
Argentina e do Peru”, para levantarem o troféu.
Ele falou também do orgulho de dar a esse prêmio "um pouco mais de
verde e amarelo". “Se você chegar em qualquer empresa de informática com
gabaritado por ter respondido 4 das 12 questões (resultado da equipe
brasileira) do ICPC, terá emprego garantido”, informou Gheyi, ao dizer
que a complexidade das questões era "absurda".
“Essa competição é muito usada pelas grandes empresas para que futuros
empregados sejam selecionados. Dois dos três participantes chegaram a
enviar currículos e ser selecionados para estágio no Facebook antes
mesmo de se sagrarem vencedores da América Latina”, continuou o
professor.
O único dos três alunos, do time de gênios do professor Rohit, a não
enviar currículo para estagiar no Facebook foi Felipe Abella, que em
2011 conquistou o primeiro lugar na Olimpíada Internacional de
Informática, maior competição de programação do mundo em nível de ensino
médio, sendo o primeiro vencedor brasileiro de todos os tempos.

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